segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

25 de janeiro - Dia do Carteiro


A data resgata a memória da criação, em 25 de janeiro de 1663, do Correio-Mor no Brasil, cujo primeiro titular foi Luiz Gomes da Matta Neto, que já era o Correio-Mor do Reino, em Portugal. Com a sua nomeação, começou a funcionar o Correio no Brasil como uma organização paraestatal e qualificada para receber e expedir toda correspondência do Reino. Em 19 de dezembro do mesmo ano, foi nomeado para o cargo de assistente do Correio-Mor, na Capitania do Rio de Janeiro, o alferes João Cavaleiro Cardoso.

A palavra correio também significa carteiro, mensageiro, embora o serviço de carteiro, tal como conhecemos hoje, somente tenha tido início, no Brasil, no período da Regência, no século XIX.

Mesmo com a criação do Correio-Mor no Brasil Colônia, a entrega das correspondências até meados do século XIX era muito precária. As pessoas relutavam muito em pagar os serviços de correios, preferindo usar mão de obra gratuita, como os tropeiros, os bandeirantes e os escravos.

Na história postal brasileira temos um carteiro que se notabilizou: Paulo Bregaro, que levou para o príncipe D. Pedro as notícias de Portugal que ensejaram a Independência do Brasil. As palavras proferidas pelo Conselheiro José Bonifácio de Andrada e Silva, ao recomendar pressa na entrega das correspondências, ainda hoje sintetizam a mística do trabalho responsável do carteiro: "Arrebente e estafe quantos cavalos necessários, mas entregue a carta com toda a urgência".

Por seu feito, Paulo Bregaro é o patrono dos Correios.

Em 1835 o Correio da Corte passou a fazer a entrega de correspondência a domicílio. Até então, só tinham direito a essa concessão, pelo Regulamento de 1829, as casas comerciais e os particulares que pagassem uma contribuição anual (de 10 a 20 mil réis).

Em 1852, o telégrafo foi introduzido no Brasil e as pessoas que faziam a entrega de telegramas eram chamadas de mensageiros. Carteiro era a designação privativa dos serviços dos Correios. Hoje, a palavra carteiro é utilizada, indistintamente, para a entrega de cartas e de telegramas. A Repartição Geral dos Telégrafos era separada do Departamento de Correios; somente em 1931 é que houve a fusão dos dois serviços, criando-se o Departamento de Correios e Telégrafos – DCT. Em março de 1989, o antigo DCT foi transformado na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – ECT

O carteiro nos dias atuais

Chova ou faça sol, andando a pé ou utilizando veículos, o carteiro é o responsável pela entrega de objetos postais como cartas, telegramas, malotes e encomendas expressas.

Funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), eles ainda são responsáveis pela triagem, separação, classificação, registro e distribuição de correspondência e objetos postais. A triagem é feita nos centros de distribuição domiciliária ou então nas agências de correios. Carteiros titulares, posição conquistada por bom desempenho, freqüência e bom rendimento, são responsáveis por determinado distrito, que compreende certas ruas dentro do bairro. ou uma área definida na zona rural. Para fazer a separação por setor, que engloba diversos distritos, é necessário conhecer bem ruas e endereços de onde trabalha.

A partir da promulgação da Constituição de 1988, as mulheres passaram a ter acesso ao cargo de carteiro, antes restrito aos homens. Hoje, cerca de 10 % dos carteiros pertence ao sexo feminino.

Entre as atividades desempenhadas pelos Carteiros, destacam- se:
  • Separar a correspondência por setor e por distrito, colocando cada carta ou objeto nos escaninhos correspondentes às ruas;
  • Organizar a correspondência por ordem de entrega;
  • Fazer a amarração, isto é, juntar as cartas de cada rua e colocá-las na sacola;
  • Pegar os registrados do seu distrito;
  • pós o término desses trabalhos preparatórios, dirigir-se ao distrito, através dos meios de transporte públicos, ou de bicicleta, ou moto, ou a pé;
  • Fazer a distribuição da correspondência;
  • Pegar recibo dos registrados entregues, anotar casos e motivos de devolução (mudança, endereço inexistente, destinatário desconhecido);
  • Após a entrega externa, retornar à base (CDD ou Agência);
  • Prestar contas de objetos classificados, isto é, aqueles que, ao serem entregues, demandam a assinatura do destinatário ou seu representante e anotar as correspondências que irão ser devolvidas, com os respectivos motivos da devolução.

O Carteiro

Muito tem sido falado do carteiro como profissional, mensageiro de boas e más notícias. Entretanto, aquele que fielmente cumpre a sua missão, tornando-se o elo principal entre as pessoas, independentemente da distância, é, acima de tudo, um admirável ser humano.
Um brasileiro que, como todos os outros, tem alma e coração. Alma para entender o espírito de seu semelhante e disponibilizar o ombro amigo no primeiro momento após o recebimento de uma informação desagradável. Coração para perceber o brilho no olhar de quem recebe aquela tão esperada notícia de um ente querido.


Os Correios têm no carteiro o seu mais representativo símbolo de identidade junto à sociedade em geral. É a imagem da Empresa que, juntamente com milhões de correspondências, chega diariamente aos diversos lares brasileiros.

O carteiro, essa figura simpática que, por estar todos os dias passando por nossas casas, é facilmente adotado, involuntariamente, pela família. Quem de nós não já ouviu a expressão carinhosa "o meu carteiro" ou "o carteiro lá de casa"? Essa é a forma como tratamos o nosso carteiro. O nosso amigo de todos os dias. Aquele que, faça chuva ou faça sol, sempre passará pela nossa porta deixando uma mensagem de alguém que lembrou de nós.

O CARTEIRO
(Aristides Ferreira Netto – SP)
Sou carteiro responsável,
E disso sempre me orgulho.
Cumpro minha obrigação,
Sem fazer muito barulho!
A tarefa que me cabe,
Que faço sem discutir...
É receber um malote,
E logo distribuir.
Levo mensagens de amor,
De alegria e de prazer.
E quanta mensagem triste
Eu entrego sem saber!
Mas minha missão é nobre,
Porque une os corações,
Com palavras de conforto,
E de felicitações!
E quando chega o natal,
Levo a história de Jesus,
Escrita em lindos cartões,
Brilhantes como uma luz!

É tão linda aquela história,
Que causa grande emoção.
Quisera eu tê-la escrito,
No fundo do coração

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